domingo, 15 de novembro de 2009

Minha rosa na janela

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E a modinha:





Rosa na janela


Tempos atrás, passei por um destes grandes hipermercados da vida e não pude deixar de comprar um vasinho de mini-rosas lindas e levar todo prosa pra uma pessoa que eu amava.

A primeira decepção foi ver minha rosa ocupar um lugar de destaque na lavanderia, num cantinho qualquer.


A segunda decepção foi ver também, menos de uma semana depois, que a plantinha tinha morrido tadinha, seca e esturricada naquele canto perdida...


Claro que para amenizar, me coloquei a pensar que assim como tantas outras flores comercializadas hoje, aquela também deveria ter uma vida efemera...


Mas aquilo ficou martelando na minha cabeça, até que a pouco tempo, vi novamente as mesmas mini-rosas à venda.


Comprei, trouxe para minha casa e cuidei dela com carinho. Todos os botões que tinha se abriram.


E eu regava todos os dias, cuidava e depois que os botões se abriram, tive o carinho de cortar com a tesoura os ramos velhos.


Muito bem, depois de um pouco de tempo, vieram novos ramos, novos botões e hoje abriu-se a primeira rosa, que eu compartilho contigo.


É a minha rosa na janela, que está na foto!!!



PS_ Agora eu tenho a certeza que aquela moça, fez com a rosa o mesmo que fez com meu amor...
Não cuidou.
Deixou secar...
MATOU !



Agora me diz: Alguém já matou teu amor por não cuidar também??


é isso moça do sorriso de arco-íris
vivendo e aprendendo
nascendo e morrendo
mas insistindo até encontrar
quem cuide da minha rosa
com o mesmo amor
que eu
e depois renascer
em flor.




aNTONIocARLos


No...vem...bro!


2°°9






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Olho a rosa na janela,
sonho um sonho pequenino...
Se eu pudesse ser menino
eu roubava essa rosa
e ofertava, todo prosa,
à primeira namorada,
e nesse pouco ou quase nada
eu dizia o meu amor,
o meu amor...

Olho o sol findando lento,
sonho um sonho de adulto...
Minha voz, na voz do vento,
indo em busca do teu vulto,
e o meu verso em pedaços,
só querendo o teu perdão...
Eu me perco nos teus passos
e me encontro na canção...

Ai, amor, eu vou morrer
buscando o teu amor...
Ai, amor, eu vou morrer
buscando o teu amor...
(Eu vou morrer de muito amor)

Modinha - (Sérgio Bittencourt)


Taiguara - Modinha

Nós dois...



E a música dolente num domingo cinza:




Nós dois ...


Estás sozinha...
porque não estás comigo...

Teus dias estão vazios
tuas noites de tempo infindo
todas feitas de frio
opacas do meu luar
de estrelas sem brilhar
calando tua boca úmida..


Estás sozinha...

Lembrando de momentos loucos
que eternos, mas tão poucos...

Sem meus beijos ou abraços
sem minhas mãos nos teus caminhos
tão cheios de cansaços...

Insaciados,
morrendo devagarinho...

Em dispersas
labaredas..


Tu sozinha...
e eu sozinho...

Minhas noites corroídas
de ocos e silêncios perdidas.

Te transcende e me alcança...


Sai de ti e das lembranças
afoga-me em teus veios..

Esmaga-me em teus seios..
cúmplices dos meus desejos


Ânsias que nos devoram mudos
chamas que nos queimam desnudos

Traze-me tua essência de orgias
tuas trêmulas
ardentes carícias

Vem morrer de suores e gemidos
despertar meus pasmos
exauridos
suprir de ávido êxtase
meu ser

me consumir
em teu prazer....

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e é isso
moça
doce
moça


em novembro
2oo9

antoniocarlos



Nana Mouskouri - Les Feuilles Mortes (Autumn Leaves)