segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Digitoscritos - a SAGA





Divagações:
Volume 1
Bem, banho tomado, barba feita, café acabado de fazer na mão e (ainda) um cigarro, como único companheiro pra agüentar a solidão.
Olho pela janela e a cidade asteróide esta lá, na tarde de sol, por entre as araucárias.
Em duvida se mantenho o silencio confortante ou ligo o som numa rádio qualquer.
Procuro na Net, minha rádio favorita de há muito tempo: Guarani FM, 96,5 de Belo Horizonte, para o mundo!
Aumento o som...
“...controlando a minha maluquez, misturada a minha lucidez...”
É o que toca, mas afinal o que me toca?
SAUDADES!
Mas vamos em frente!
Gosto disso, de escrever tendo música aleatória ao fundo, às vezes, alguma coisa INVADE os pensamentos.
Engraçado que só aquilo que tem a ver com o momento, ou com o que estou sentindo/pensando/escrevendo invade ( bendito ou maldito é o FILTRO do vosso ventre? Aí Jesus!!!)
Penso em como a mente da gente pode ser altamente filtrante deste jeito. Sim! Toca uma porrada de música e você nem aí, surdez total.
De repente...

De repente voce se pega "controlando a tua maluquez, misturada a tua lucidez"
- É pra perder ou não o juízo minha querida ?
Seguindo, senão este digitoscrito (antigamente era manuscrito!) não termina nunca.
Eu adoro quando tenho diante de mim, uma mente brilhante embutida dentro de um corpo de mulher, um anjo de sensibilidade; com as asas ainda dentro da casca da crisálida (mas ela voa gente...É questão de tempo), esta pseudo-borboleta (faltam as asas ainda e isso até que é bom pois não se molham diante da chuva amarga de solidão na alma) percebe-se que não gosta nem um pouco de tomar o mesmo remédio amargo que receita.
Preciso dizer que também me senti um pouco menosprezado nos diversos mails que enviei e ainda de marrento que sou continuo enviando, onde fiz algumas observações e a borboanjo (ou seria uma anjoleta?) nem tchuns. (Odeio a indiferença! Argh!)
Mas é sempre assim com as nossas expectativas.
Quem segura o cabo da faca, nunca percebe o estrago que a lâmina faz na outra ponta,não é?


Volume II
Então vem o dilema eterno : Não sei se paro pra pensar ou penso sem parar em você...
E nesta situação, vamos então ladeira abaixo, uma vez que fica implícito daqui pra frente o respeito a um dos meus mandamentos mais sagrados:
-“Não façais aos outros o que não queres que façam a ti...”
Wauuuuuuuuu! Além de excelente cozinheiro me meto a besta também na mais pura teosofia.rs
-Voce pode dizer prá mim que gosta de gente discreta e ética e eu emendo que também gosto, somente inverteria a ordem, porque se não for ético, nem perco meu tempo pra saber se é discreta ou não.
-Acredito que você goste dos cuidadores, ou seja, aquelas pessoas que tem um cuidado especial com você, que puxa a cadeira para você sentar e às vezes serve a sua comida, outras (quase sempre) abre a porta do carro e algumas coisas mais.
Outras pessoas não fazem nada disso, mas fazem você se sentir acompanhada, estou certo?
Então eu digo que sou assim e um pouco mais além.
Sabe aquela estória de ser apaixonável?

...
É isso, sou assim, e não faço nenhum tipo de seleção, se é mulher ou homem, se é velho ou criança, faço isso porque isso está dentro de mim, sempre esteve!
Acho que a palavra que define isso chama-se CONSIDERAÇÃO!
Acredito que todos os dias a gente tem que definir se considera ou não as pessoas que fazem parte de nossa vida, mesmo que seja por alguns minutos.
É aquela coisa, já cansei de quebrar e arroxear as minhas canelas batendo por todo lado por não ter a coragem de acender a luz do quarto nos olhos de alguém que estivesse dormindo.
Não bato portas (desenvolvi uma técnica que me permite fechar qualquer porta com rapidez, sem bater.rs)
Talvez eu seja (ainda) como na musica “O último romântico” porque não consigo acompanhar uma mulher se não cuidar a toda hora que ela está do lado de dentro da calçada ( passeio). Acho que isso faz parte de minha formação adolescente em Taubaté no Vale do Paraíba em São Paulo, lá aprendi um monte de coisas sobre como encantar e respeitar pessoas.


continua...